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Sem atenção especial - Vice-prefeito de Hortolândia, Cafu César, é transferido para CDP de Guarulhos

Operação Coffee Break investiga direcionamento de licitações e intermediação de pagamentos; defesa aguarda Habeas Corpus
  • Categoria: HORTOLÂNDIA
  • Publicação: 08/12/2025 08:19
  • Autor: Fonte: Portal da Cidade Sumaré

O vice-prefeito de Hortolândia, Carlos Augusto César, conhecido como Cafu César (PSB), foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos, na Grande São Paulo, onde se junta a outros presos em operações da Polícia Federal. Cafu está em prisão preventiva desde 12 de novembro, no âmbito da Operação Coffee Break, que investiga um suposto esquema de direcionamento de licitações e intermediação de pagamentos em contratos com a empresa Life Tecnologia Educacional.

Transferência e Situação Jurídica

Cafu César foi inicialmente detido na sede da Polícia Federal em Campinas. A transferência para o CDP de Guarulhos, uma das maiores unidades prisionais provisórias do estado, é vista como comum, pois a unidade abriga outros detidos pela PF. A defesa de Cafu, representada pelo advogado Ralph Tórtima, aguarda a apreciação de um Habeas Corpus pela Justiça, sem previsão de julgamento.

"Só os desembargadores sabem", comentou Tórtima, indicando que a defesa aguarda uma decisão.

Impacto Político em Hortolândia

A prisão de Cafu teve efeitos diretos na política local. No dia 17 de novembro, a Câmara Municipal de Hortolândia aprovou seu afastamento do cargo de vice-prefeito por prazo indeterminado, mantendo-o impedido de exercer suas funções enquanto estiver detido.

Além disso, a Prefeitura de Hortolândia oficializou a exoneração de outros membros do alto escalão municipal:

  • Rogério Mion (Secretário de Habitação),
  • Fernando Gomes de Moraes (Secretário de Educação, Ciência e Tecnologia),
  • Carla Ariane Trindade (Diretora de Departamento, ex-nora do presidente Lula).

Operação Coffee Break

A Operação Coffee Break, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), investiga supostas fraudes em contratos na área educacional. A Life Tecnologia Educacional, uma das empresas investigadas, teria recebido pagamentos intermediados de forma irregular.

Agentes da PF recolheram documentos, computadores e processos administrativos nas secretarias de Educação e Governo de Hortolândia. A prefeitura afirmou ter sido "surpreendida" pela ação e garantiu cooperação total com as investigações.

Conclusão

A Operação Coffee Break reforça a atuação da Polícia Federal e CGU contra fraudes em contratos públicos, especialmente na área educacional, com desdobramentos em Hortolândia e Sumaré. A defesa de Cafu César espera a decisão judicial sobre o Habeas Corpus, enquanto a cidade lida com as consequências políticas da operação.