Falta de medicamentos de alto custo faz a prefeitura de Sumaré cobrar o Estado
Interrupção atinge pacientes de doenças crônicas e autoimunes; município monitora situação e pede normalização urgente do abastecimento
- Categoria: SUMARÉ
- Publicação: 12/12/2025 08:13
- Autor: Fonte: Portal da Cidade Sumaré
A falta de medicamentos de alto custo tem afetado diretamente pacientes de Sumaré e de outras cidades da região de Campinas, que enfrentam atrasos sucessivos na entrega de itens essenciais para o tratamento de doenças crônicas, autoimunes e de uso contínuo. A situação preocupa famílias que dependem exclusivamente do fornecimento estadual para manter a estabilidade clínica.
Segundo a Prefeitura de Sumaré, o cenário é acompanhado diariamente pelas equipes da Secretaria Municipal de Saúde, que reforçaram ao Governo do Estado de São Paulo a necessidade de reposição imediata dos estoques. A administração aponta que os atrasos na distribuição — responsabilidade da Secretaria Estadual da Saúde — têm provocado interrupções de tratamentos, gerando insegurança e risco clínico aos pacientes.
Em nota oficial, o município explicou que os medicamentos em falta fazem parte do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), conhecido como “medicamentos de alto custo”, cuja compra, armazenamento e envio são exclusivamente de responsabilidade estadual.
“A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que diversos municípios vêm enfrentando dificuldades na entrega de medicamentos do CEAF. A responsabilidade do município limita-se à dispensação dos itens repassados pelo Estado, não havendo autonomia nem estoque próprio para suprir a demanda. Ainda assim, a administração municipal tem acompanhado de perto a situação e cobrado providências junto à Secretaria Estadual de Saúde para a normalização urgente do abastecimento”, afirma a nota.
Em novembro, Sumaré encaminhou um ofício ao Governo do Estado reforçando a gravidade da situação e solicitando providências urgentes. No documento, a gestão municipal destacou que as irregularidades no envio “provocam a interrupção de tratamentos essenciais, geram insegurança, prejuízos aos pacientes e representam riscos clínicos”.
O problema não ocorre apenas em Sumaré. Outras cidades da região relatam estoques extremamente reduzidos ou zerados de itens utilizados em terapias para esclerose múltipla, artrite, diabetes, glaucoma e doenças autoimunes.
Posicionamento do Governo de SP
A Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (CAF) do Estado de São Paulo lamentou o ocorrido e informou que a Farmácia de Medicamentos Especializados (FME) de Campinas está sendo reabastecida. A previsão de regularização total do estoque era para quarta-feira (10). Segundo o governo estadual, o município será notificado assim que os malotes estiverem disponíveis para retirada.
Nota da Prefeitura de Sumaré
"A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que diversos municípios vêm enfrentando dificuldades na entrega de medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), conhecidos como medicamentos de alto custo. A causa é a falha no abastecimento por parte da Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela aquisição, armazenamento e distribuição desses itens."
"A responsabilidade do município restringe-se à dispensação dos medicamentos repassados pelo Estado, não havendo autonomia nem estoque próprio para suprir a demanda. Ainda assim, a administração municipal tem acompanhado de perto a situação e cobrado providências junto à Secretaria Estadual de Saúde para a normalização urgente do abastecimento."
"No mês de novembro, a Secretaria Municipal de Saúde encaminhou ao Governo do Estado de São Paulo um ofício manifestando preocupação e solicitando, com urgência, providências quanto à falta de medicamentos do CEAF. Ressalta-se que as irregularidades e os atrasos no envio provocam a interrupção de tratamentos essenciais, geram insegurança e prejuízos aos pacientes, além de representarem riscos clínicos."
Conclusão
A Prefeitura de Sumaré segue acompanhando o cenário e reforça a cobrança para que o fornecimento seja normalizado o mais rápido possível, garantindo segurança e continuidade aos tratamentos dos pacientes que dependem dos medicamentos especializados.
Leia Mais